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Produção e Competitividade



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A indústria transformadora, actividade pertencente ao sector secundário, está a desaparecer em Portugal a um ritmo deveras assustador. De facto, não é fácil gerir este tipo de laboração, tendo em conta que os países mais pobres conseguem preços mais apelativos.

Industria(Não contem comigo para fazer aqui uma campanha contra a mão de obra infantil, ou escravizada, apesar de ser infinitamente contra essa selvajaria. Mas não é disso que trata esta publicação.)

Nos países “menos industrializados” (termo erróneo, sabendo nós que é onde se encontra a maior parte da indústria, especialmente confecções e calçado, mas também tecnologia, etc.) o valor da mão-de-obra é muito baixo, fazendo com que os outros países percam em concorrência. Ao perderem neste campo, desistem e preferem comprar já produzido, ao invés de produzirem. Um dos maiores males das sociedades ditas de primeiro mundo é comprar feito em vez de fazerem.

Mas existem algumas formas de combater esse flagelo. Uma delas é a qualidade dos produtos, que mencionarei mais à frente, mas a mais importante é a produtividade, termo desconhecido nos tais países “menos industrializados”.

A primeira premissa para se produzir mais, melhor e, muito provavelmente, mais barato, é reduzir no valor da mão-de-obra, uma vez que na transformação de produtos, a mão-de-obra é o componente mais caro. Se fizermos as contas ao custo de uma T-Shirt de 150 gramas, o custo das 150 gramas de fio é muito inferior ao valor que se despendeu na mão-de-obra correspondente dos funcionários que intervieram na produção da T-Shirt, descartando custos com electricidade e outros.

Não estou a falar em baixar drasticamente os vencimentos, mas sim uma série de outros factores que permitem baixar – e aqui, sim - drasticamente o valor da mão de obra.

O primeiro factor a considerar é a constante preocupação na melhoria da automatização de processos. Analisar constantemente os métodos usados e os tempos gastos no processo produtivo e tentar constantemente melhorá-los.

T-ShirtPor exemplo, se através desta melhoria conseguir reduzir para metade, o tempo para produzir a tal t-shirt de 150 gramas, sem prejuízo da qualidade, conseguirei no mesmo tempo produzir duas. Baixei o custo da mão-de-obra para metade, sem mexer um cêntimo no vencimento dos funcionários. E é tão fácil como fazer disto um objectivo. A força do querer!

Realizei aqui um substancial aumento de produtividade! Perdi algum tempo a fazer uma determinada análise aos métodos e tempos, mas consegui daqui para frente uma diminuição dos custos de mão-de-obra, porque conseguirei fazer mais no mesmo tempo e com a mesma qualidade. Os departamentos de métodos e tempos são cruciais na indústria em geral e devem ser consideradas de especial valor para a redução de custos.

Melhor MaquinariaO segundo factor é a ponderabilidade da aquisição de melhor maquinaria. Com máquinas e ferramentas mais recentes, ou de última geração, é possível aumentar a produção e com menos mão-de-obra, porque vão aparecendo máquinas que substituem o homem. Então, neste caso, é necessário entrar outro factor: o da formação dos funcionários.

É de uma enorme mais-valia as empresas apostarem constantemente na formação, porque conseguem com o mesmo pessoal aumentar a produtividade. Se pensarem bem, é preferível manter um funcionário que já está adaptado à empresa, a conhece bem e já está familiarizado com todos os processos, do que despedi-lo, pagar-lhe uma grande indemnização e ainda ter de contratar um outro mais especializado, que, provavelmente, ficará mais caro ao processo produtivo e terá de perder mais tempo na adaptabilidade à empresa.

Resumindo, formam-se e promovem-se os funcionários para poderem operar a nova maquinaria, poupando uma nova aquisição e outros custos inerentes às novas contratações. E, assim, surgirão novas promoções, o que manterão os funcionários mais dispostos a dar mais de si próprios para progredir na carreira.

Outro factor de enorme importância é o do controlo da produção. Não basta produzir, é preciso saber o quê, quando, como, onde e quais os custos especificamente. Um dos principais elementos para este factor é o controlo do tempo e isso consegue-se com os relógios de ponto por obra/encomenda.

Relógio de PontoOs relógios de ponto por obra permitem que um funcionário ao entrar ao serviço possa passar o cartão da obra em que vai trabalhar em conjunto com o seu cartão pessoal. Assim, o relógio vai registar a hora a que aquele funcionário começou a operar para aquela obra e quando vai acabar. Consigo saber o tempo e o respectivo custo gasto naquela obra em particular. Extrapolando para todos os funcionários e para todas as obras, conseguirei controlar todos os tempos gastos de mão-de-obra em cada obra.

Mas existe outro elemento a ter em linha de conta e que ajudará a controlar melhor os tempos e, também, matérias-primas gastas: em que função e/ou fase da produção é que estes foram efectivamente gastos. O controlo da produção deve ser dividido em funções e fases das funções.

Por exemplo, no caso da T-Shirt, alguém teve de produzir o tecido, onde foram gastas tintas, fios e mão-de-obra. De seguida, alguém teve de cortar o tecido com a forma da T-Shirt, para depois alguém a coser para tomar forma e ainda teve de ser embalada, etc.

Todos estes processos podem corresponder a funções e fases. Só teremos de os querer dividir. Desta forma eu sei quanto tempo e que matérias-primas gastei, por exemplo, na função “Fabrico” e na fase “Tecido”, ou na função “Fabrico” e na fase “Corte”, ou na função “Embalagem” e na fase “Ensacar”. E os relógios de ponto por obra registam toda a informação relativa a tempos por cada uma das fases de cada uma das funções de cada uma das obras.

Para finalizar o que já vai longo, outro factor muito importante na competitividade é o do controlo da qualidade. Perdem-se grandes negócios e grandes clientes se a qualidade dos produtos não for a melhor. Este departamento deve ter sempre em linha de conta a qualidade dos produtos, assim como a melhor forma de reduzir os defeitos e os desperdícios.

Os defeitos provocam prejuízo e má imagem no cliente. Se forem detectados na origem, o que já não é mau, nunca chegarão ao cliente, mas irá ser necessário produzir de novo, provocando gastos acrescidos que não se estava à espera. Os desperdícios são também uma grande fonte de prejuízo que devem a todo o custo serem evitados.

Existe uma velha máxima que diz que não podemos ter mais do que duas destas três coisas ao mesmo tempo: Maior Qualidade; Maior Rapidez; Menor Custo.

Com um controlo efectivo e eficaz da produção, se calhar, até conseguimos ter as três em simultâneo.